Já aqui vos contei, que a Iara nos levou até às urgências, com uma suposta dor no pulso, e que a dor passou mal viu outros meninos para brincar na sala de espera da urgência.
Pois é, parece que esta menina é especialista nestas fitas.
Ontem quando lhe tirava a roupa para dormir a sesta ao levantar-la, desata num pranto com dor no braço/mão.
De um lado o pai perguntava-me se não lhe tinha dado nenhum esticão, do outro berrava ela desesperadamente.
Não só não lhe tinha dado esticão algum, como não tinha sequer feito força, mas os berros não paravam.
Lembrei o papa da cena que já tínhamos passado e deitei a chorosa Iara que estava perdida de sono.
Com as minhas mão a ampara o braço queixoso lá se deixou dormir. Acordou com dores, mas o sono era tanto que lá dormiu de novo, mas voltou a acordar em altos berros,
Como já tinha dormido um pouco decidi mudar de estratégia. - Bem menina vamos comer, porque a papinha faz passar os "doí-dois".
Papinha comida, ficou logo mais animada, larguei-lhe o braço e incentivei-lhe a brincadeira.
Sabem o que acontecei, não sabem. - Já passou mama, já não dói!
Mais uma vez fico na duvida, seria tudo fita ou doía-lhe mesmo? Não chego a perceber
Dizer que o mundo é pequeno, é um lugar comum. Dizer que os chinezes são mais que as mães, não espananta ninguem. Mas vir de férias, para uma recondita povoação do mais profundo interior de Portugal, entrar na unica loja de chinezes das redondesas e ver a mesma Chineza que está na loja mesmo por debaixo da nossa casa, é um bocadinho de mais. Fiquei de olhos em bico, sinto-me preceguida, invadida por uma força estrangeira, acho que devia fazer queixa às nações unidas!
A vida feminina nesta sociedade ocidental não é nada fácil. Família, casa, trabalho e acima de tudo, a necessidade de atingir a perfeição. Sinto-me cada vez mais sufocada nesta encruzilhada de interesses, sinto mesmo que isto me está a aniquilar. Antes da Iara nascer, sempre se ia driblando a vida, nem sempre era fácil, mas roubava-se umas horas de sono aqui, um descanso acolá e as coisas rolavam. Com o nascimento da Iara houve um acréscimo nas tarefas e novas responsabilidades surgiram. Tudo normal, o pior, é que eu não consegui ainda desatar o nó que todos estes interesses convergentes criaram. Não consigo encontrar o ponto de equilíbrio entre a Profissional e a Mãe, entre o Eu e o Nós, entre a Mulher e a Mãe. Esta falta de equilíbrio esta a arrastar-me para um buraco de onde não deslumbro a saída. Chego muitas vezes atrasada ao trabalho, porque quero ficar sempre mais um pouco com a Iara, isso faz-me sentir mal, mas quando chego mais cedo sento-me culpada, não consigo evitar de pensar que foram minutos que roubei da companhia da minha filha. Se por um lado sinto que preciso de tempo para cuidar de mim, por outro não consigo virar costas a nenhuma tarefa das rotinas da Iara. Quando delego alguma dessas rotinas, sinto como se estivesse a dispensar a minha filha. Sinto que preciso de fazer exercício, não só pela saúde física, mas também para alivio mental, mas logo vem a culpa por deixar de dedicar esse tempo a Iara. Não sei como as outras mãe resolvem estes conflitos ou se alguma vez os sentiram, mas para mim está a ser muito duro, porque começo a sentir-me incapaz. Incapaz no trabalho, incapaz nas rotinas domesticas, incapaz de Ser
Uma data simétrica, com um numero de mutas simetrias.
Talvez uma boa data para tomar consciência de que colhemos o que semeamos, o que lançamos a nós volta, como a linha do 8!
Vamos por isso AMAR tudo, começando por nos próprias.
Conseguiremos assim transformar o mundo.
Parece que se instalou um ambiente depressivo, pelo menos pela blogosfera que eu visito. O caso não é para menos, eu própria me enquadro nele
Não é fácil trabalhar 8, e muitas vezes mais horas, cuidar de filhos de casa e ainda ter tempo para continuar bonita e bem disposta.
No meio disto ainda encntar tempo para escrever, fazer trabalhos manuais, enfim não ficamos a dever nada à Super Mulher.
O problema é que se esqueceram de nos dar super-poderes, infelizmente ainda não conseguimos ser omnipresentes para poder - ficar até às tantas no trabalho, chegar antes de fechar o infantário e ainda fazer um delicioso jantarinho.
Depois sobra a angustia, se damos atensão aos filhos, os acompanhamos nas actividades, perdemos o emprego, se fazemos horas extraordinarias para garantir o trabalho em dia, criamos seres traumatizados.
Se tentamos conjugar as duas coisas, tarefa titânica, nem tempo temos para olhar ao espelho e tornamo-nos seres chatos e desinteressantes, deprimimos e acabamos por perder tudo.
Será que ninguém repara nisto, é assim tão estranho o que estou a dizer???
Acredito que sim quando oiço, vindo de quem decide a interrogação:- Porquê que os Portugueses não tem mais filhos?
Estranho Sr. Presidente, será porque NÂO PODEMOS! NÂO TEMOS CONDIÇÔES!
Este fim de semana reparei, que bem perto de casa, tinha uma festa popular, com carrosséis farturas e tudo o que temos direito.
No sábado à noite agarrei nos miúdos e vamos todos para os carrosséis!
Eles ficaram delirantes!
Depois de uma ronda lá elegeram o favorito para a prometida voltinha.
A escolha recaiu numa mini montanha russa, achei bem e lá fomos.
O Mano e o Primo escolheram logo umas motas, para a Iara lá escolhi um comboio, mais resguardado não fosse ela distrair-se.
Quando aquilo começa a andar, confesso que fiquei com medo que a ela se assustasse e quisesse sair. A minha mãe conta uma história dessas a meu respeito, que envolveu quedas e até o roubo da carteira da minha tia no meio da confusão, mas correu tudo bem, A Iara divertiu-se imenso, dizia-me adeus quando passava perto e ria-se às gargalhadas.
Havia também uns míni carrinhos de choque, reparei que os miúdos tinham ficado balançados entre os dois, por isso premiei-os com um bónus nos carrinhos de choque.
Nestes carrinhos, alem dos carros havia também motas, claro que a escolha deles eram as motas, mas a Iara não podia ir sozinha, por isso negociamos um voluntario para a acompanhar. o primo desponibilizou-se e lá fui eu compra fichas.
Em vez de duas, comprei o pack económico -5, por isso ainda deu para trocarem, foi o Mano com a Iara e o Primo foi experimentar as motas.
A Iara portou-se maravilhosamente bem, fiquei toda contente.
Como sobrava uma ficha, esperei que o papá viesse ter connosco, comprei mais uma e foi o papa com a Iara para os meninos desfrutarem de mais uma viagem nas motas.
Para o fim guardei a surpresa de voltarmos a andar na míni montanha russa, sim porque também comprei o pack económico e tinha sobrado viagem.
Foi um serão bem passado!
Ontem fiquei admirada com a facilidade com que a Iara dá cambalhotas.
Enrola a cabecita no peito e dá cambalhotas perfeitas.
Anda sempre aos saltos por todo o lado, não pode sair à sua sem saltar em todas as escadas e beirais por onde passamos.
No outro dia fomos os 3 dar uma voltinha, à noite no jardim. O banco foi o desafio, começou por saltar com a nossa ajuda, mas rapidamente se apercebeu que conseguia fazer sozinha. Não descansou enquanto não nos afastarmos, para que ela pudesse saltar sem a nossa interacção.
Não sai nada à mãe, sempre fui muito medricas.
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