«Esses portugueses de que você fala, que descobriram, colonizaram e criaram, somos nós, os brasileiros. Vocês são os descendentes dos que ficaram, dos tímidos, dos fracos, dos incapazes».
Cecília Meireles apud Jorge Dias, Estudos de Antropologia, vol 1, Lisboa 1990, p. 268
Cabe as Mãe da próxima geração, mudar esta mentalidade!
Há que romper com a tradição dos coitadinhos, há que educar uma nova geração de Portugueses, capazes e com audácia , empreendedores e responsáveis .
Temos nas nossas mãos o barro da nova sociedade, façamos a nossas obra prima!
De íncubo a 26 de Outubro de 2006 às 13:00
A citação é excelente e de uma pertinência e actualidade inauditas! Eu quero fazer parte dessa geração! Mas... explica-me: como empreender se o sistema em vigor é clientelar e encunhado? Como nos podemos fazer valer do que somos e temos sem pertencer a organizações partidárias, sindicais ou sem ter padrinhos? Já agora, como contornar um sistema que não prevê, nunca previu, sob a égide de que não é sua função, empregabilidade a quem detém ferramentas profissionais para exercer vocacionalmente a sua profissão?
E a Iara, está bem? :-)
De
dceres a 26 de Outubro de 2006 às 15:49
"Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a acção; semeia a acção e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o carácter."
Tihamer Toth
Com perceberança lá chegaremos!
Há situações em que não se pode conjugar o verbo desistir!
De
Oliva a 2 de Novembro de 2006 às 00:31
Permitam-me uma achega ao comentário de Incubo que me parece assaz pertinente mas desprovido do optimismo que deveria caracterizar um discurso supostamente escrito por um jovem, (deduzo que seja jovem) e que me parece um tanto ou quanto derrotista.
Isso da filiação em partidos, apadrinhamentos, etc. é objectivamente verdade. Mas cuidado... não pode servir de desculpa para os conformados e medíocres que preferem seguramente serem servidos de bandeja em vez de demonstrarem inequivocamente o seu inconformismo e o seu não alinhamento no sistema, dando o seu melhor para o contrariar.
Será falta de confiança em si próprios? Essa é que é em meu entender a questão fundamental.
Rejeitar uma sociedade cínica que condiciona negativamente as nossas vidas, é sem dúvida alguma a obrigação de todos, jovens e menos jovens. Então... vamos ser optimistas e acreditar nas nossas capacidades, demonstrar que através do nosso esforço, do nosso trabalho, somos capazes de desparasitar e construir uma sociedade melhor. Esse será o nosso legado.
De íncubo a 7 de Novembro de 2006 às 23:40
Caro Oliva:
Sim, sou jovem, adulto, pronto (embora isso dependa dos tempos: lembremo-nos da jovem "adolescência" ou das idades de Santo Isodoro de Sevilha. Pessimista, sim, mas, infelizmente, por pragmatismo. Sou professor, isso diz quase tudo, a leccionar à margem do "sistema". Acredito na virtude do trabalho e na educabilidade constante. Acredito e faço-o. Quando me queixo, eu não quero subsídios!, é por ter já tido outras profissões e ter visto sempre a mesma coisa: hipocrisia, chantagem...
Sou optimista e o meu sentido de humor, mais do que as matérias a passar activamente nas aulas, permite socializar e educar - a civilidade de que tanto se fala... agora, também obrigo os meus alunos a serem críticos, a criticarem mesmo a minha actuação/postura enquanto professor.
O meu desânimo: por ver este governo/todos os governos e esta sociedade desresponsabilizarem-se cada vez mais pelas coisas da cultura e da educação.
Tenho confiança em mim e procuro sistematicamente outras escolas para trabalhar e outras coisas para fazer.
Problema: sou literato; nesta conjuntura actual, qual o meu papel (por outrem esvaziado de valor e sentido) e qual o meu lugar?
Obrigado pela achega
Um abraço
(se quiser saber o quanto sou "contestatário" visite www.educa.blogspot.com , sem actualização há uns meses; os primeiros textos são os mais pertinentes)
De
Oliva a 9 de Novembro de 2006 às 23:56
Em verdade lhe digo meu caro Incubo, o inconformismo não pode ser invocado em vão e combatido com lamúrias, queixumes, e ais. E também não creio que seja com manifestações mais ou menos folclóricas contra este ou aquele governo que vamos conseguir mudar o estado actual das coisas, mas sim através de acções concretas. Por exemplo, a criação da Ordem dos Professores de que fala no seu Blog.
Não basta compreender e concordar com os argumentos lógicos e científicos, é necessário querer e persistir nesse querer, derrubando as barreiras físicas e psicológicas que condicionam o nosso agir. Inútil relembrar que neste filme os professores, com ou sem motivação, têm um papel fundamental que é o “forjar” uma nova sociedade mais culta, equitativa e justa, desenvolvendo atitudes e valores que ajudariam a superar estes tempos de desafio.
Despertar na juventude a capacidade crítica, a consciencialização, a participação e o diálogo, é sem dúvida alguma um princípio com o qual concordo plenamente.
Nasci de pais operários fabris, e comecei a trabalhar aos 14 anos estudando à noite. Vivi o antes 25 de Abril. Fui emigrante (forçado) durante 16 anos. Desde à 25 anos que percorro diariamente uma distância de 104 Km para o trabalho. Digladio-me com a doença e com o quotidiano e, no entanto, considero-me um homem feliz, e quer saber porquê? Porque acredito e tenho fé nos homens…!!!
Um abraço
De helder silva a 2 de Março de 2008 às 04:26
eu explico: lê o professor Agostinho da Silva, meu mail quiproquo.today@gmail.com ouve a musica longe daqui de pedro barroso e encontras as respostas. abraço
helder silva
De rui a 2 de Novembro de 2006 às 10:39
Devo dizer que esta frase é muito infeliz...Se os brasileiros são assim tão bons, porque mais de metade da população é pobre, porque há sem terra, porque há tanta violência, porque é que os criminosos mandam nas prisões e nas cidades?
Nós não temos um país perfeito, mas é bem melhor do que Brasil e não temos as paisagens que actualmente vendem mais. Nós temos que deixar de nos preocupar com o medo de falhar e tentar, tentar, tentar....as coisas vão acontecer e melhorar.
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