Já aqui vos contei, que a Iara nos levou até às urgências, com uma suposta dor no pulso, e que a dor passou mal viu outros meninos para brincar na sala de espera da urgência.
Pois é, parece que esta menina é especialista nestas fitas.
Ontem quando lhe tirava a roupa para dormir a sesta ao levantar-la, desata num pranto com dor no braço/mão.
De um lado o pai perguntava-me se não lhe tinha dado nenhum esticão, do outro berrava ela desesperadamente.
Não só não lhe tinha dado esticão algum, como não tinha sequer feito força, mas os berros não paravam.
Lembrei o papa da cena que já tínhamos passado e deitei a chorosa Iara que estava perdida de sono.
Com as minhas mão a ampara o braço queixoso lá se deixou dormir. Acordou com dores, mas o sono era tanto que lá dormiu de novo, mas voltou a acordar em altos berros,
Como já tinha dormido um pouco decidi mudar de estratégia. - Bem menina vamos comer, porque a papinha faz passar os "doí-dois".
Papinha comida, ficou logo mais animada, larguei-lhe o braço e incentivei-lhe a brincadeira.
Sabem o que acontecei, não sabem. - Já passou mama, já não dói!
Mais uma vez fico na duvida, seria tudo fita ou doía-lhe mesmo? Não chego a perceber
A Iara é muito assustada, acho que herdou de mim.
Apesar de gostar muito de cães, a dada altura começou a assustar-se quando os ouvia ladrar .
Tinha mesmo pânico. O pai a aproveitava muitas vezes isso para a sossegar quando tinha que ser ele a deitá-la. Confesso que também chegou a recorrer a isso, principalmente para poder apagar a luz, mas depois percebi o pânico dela.
Já é a segunda vez que acorda com pesadelos com cães. Lembro-me que um pesadelo recorrente que tinha também era com um cão peludo preto, não sei se isso tem algum significado.
Também se assusta muito com os barulhos, que inevitavelmente se ouvem dos vizinhos .
Tento sempre desmistificar-lhe esses medos, mas reconheço-lhe os mesmos comportamentos que eu tinha na minha infância .
Será que o medo é genético ??
Hoje de manha fiquei em choque quando deixei a Iara na Creche.
Esta semana tem sido complicada, porque a Educadora da manhã tem estado doente, como há poucas funcionarias, as educadoras das outras salas vão-se desdobrado.
Ontem de manha o problema agudizou-se, porque a outra educadora também não estava.
Uma outra educadora do jardim veio ajudar, mas inevitavelmente a afinidade não é a mesma.
Estou habituada a entregar a Iara a alguém , mas no meio da agitação provocada pela entrada simultânea de vários miúdos fiquei com a sensação que não tinha deixada a Iara com ninguém . Não é que ele tivesse ficado sozinho, mas ninguém a recebeu como o costume . Fiquei muito angustiada.
Hoje ia com a determinação de não a deixar nas mesmas condições.
Foi recebida pela mesma educadora do Jardim, hoje recebeu-a, cumprimentou-a , mas... mandou-me embora, mal a Iara virou costas, sem sequer me despedir dela.
Quando foi pousar a mochilinha da Iara na sala, ainda pude ouvir o grito de terror da Iara reparou que eu já lá não estava.
Fiquei em choque, o grito dela ainda ressoa nos meus ouvidos.
Devia ter voltado para traz, insistido em me despedir dela.
Virar-lhe as costas sem mais vai contra o que lhe ensino todos os dias e pode significar a sua perda de confiança.
A sensibilidade de mãe nem sempre é apenas lamechice !
O pior é que hoje de manha e ao contrario do costume a Iara queria ficar em casa, já não quer ir para a escola.
Na passada segunda-feira, fomos com a Iara à consulta de rotina do pediatra. Na sala de espera surgiu uma outra menina da mesma idade dela, mas mais tímida .
Incentivei a Iara a convidar a menina para brincar e como ele é muito descarada, não teve problema nenhum em ir puxar a menina para a mesa dos brinquedos.
O pior foi quando a menina pegou num dos brinquedos. Num abrir e fechar de olhos dou por ela agarrada ao cabelo da outra menina.
Repreendi-a, mas confesso que fiquei atrapalhada, não estava à espera de uma reacção assim tão violenta da minha filha.
Já sabia que ele na escola é bastante despachada, tanto aparece marcada como também deixa algumas marcas nos amiguinhos, mas aquela reacção ultrapassou tudo o que eu podia imaginar.
Senti-me verdadeiramente ultrapassada, não reconheci a minha filha naquela situação, talvez porque a vejo poucas vezes a brincar com outras crianças. Agora também começo a ficar com medo de promover encontros, acabo por ficar mal.
Com a mudança da hora passei a ir buscar a Iara de noite.
Ela nunca tinha saído da escola de noite. O ano passado tinha a licença de maternidade por isso podia ir mais cedo, nunca precisei de a ir buscar depois do sol se por.
A primeira vez foi um choque, sai do trabalho já de noite e a Iara ainda estava na escola, custou-me muito.
Agora começo a habituar-me , e ela também.
Quando saímos e ela vê que está de noite põe o dedito na frente da boca e faz - chiii ", sabe que de noite não se deve fazer muito barulho. E com isso lá se vai dissipando a minha magoa!
A Iara está muito doentinha, a gripe apanhou-a.
Hoje de manha chegou a ter mais de 40 de febre, nunca tinha estado assim tão mal. Deve ter mau estar, porque só quer estar no colinho, e chora, está muito aborrecida.
Já fomos ao médico, não fosse haver uma infecção algures, mas felizmente parece que não, é mesmo a gripe.
Vamos ver se passa com os antipiréticos , se não se tem que tomar outras medidas.
E claro, comer nem pensar, ela que já gostava tão pouco de perder tempo com comida, agora nem se fala. Mas lá vou conseguindo umas colherzinha de sopa, outras de papa, um pouco de iogurte, já me dou por satisfeita.
E espero por melhores dias!
Hoje apanhei boleia do António para levar a Iara à creche, por isso saímos de casa cedo e sem mamar, ia dar-lhe a maminha na cresce, como já fiz várias vezes, sempre sem problema.
Mas hoje ela estava muito esperta, queria ouvir as conversas todas, mexer nos brinquedos e maminha nada.
Tentei, tentei e por fim tive que desistir, não mamou quase nada.
Não sei como é que ela terá aguentado até há hora do almoço, estou morta por ir busca-la para saber, deve ter devorado a sopinha.
A educadora disse para não me preocupar, que ela vai comendo pão e bolachas durante a manha, mas mesmo assim ficou sem pequeno almoço.
Se contarmos que ela come várias vezes durante a noite, só deslocou o período sem comer para a manha, mas mesmo assim não é costume ela rejeitar a maminha.
Como se isso não bastasse, só lhe faltou mandar-me embora, quis ir ao colo da educadora, disse-me adeus, não me ligou nenhum.
Que marota!
A Iara continuar doentinha!
Ontem perdeu o apetite, foi um filme para lhe dar de comer ao jantar, só faltou pendura-la no tecto. Por mais que a distraísse, quando a colher chegava perto da boca entrava logo em alerta. Mas é normal perder o apetite quando se tem a garganta inflamada, sei bem o que isso é, porque estava muitas vezes assim quando era pequena.
As noites continuam a ser complicadas, e eu e o pai começamo-nos a ressentir da falta de descanso, andamos os dois zombies, precisamos urgentemente de uma noite descansada.
Agora à hora de almoço foi-lhe comprar um presente, para a animar ( mais a mim ).
Comprei-lhe um conjunto de piquenique. Ela gosta muito de fingir que come, com uma colher e um copinho, põe a colher dentro do copo e depois leva à boca, é muito giro. Quando esta bem disposta, também dá de comer ao Ruca
Vamos ver se ela acha piada aos copinhos, pratos e talheres à escala dela.
A Iara esta de novo doentinha, tem a garganta inflamada, o nariz parece uma bica e a tosse não para de a chatear
Ontem a febre subiu e lá fomos nós para o médico, que acho melhor dar-lhe um antibiótico, o primeiro da vida dela!
Mas ela é uma miúda muito resistente, apesar da inflamação continua bem disposta, jantou muito bem e foi para a creche a cantar comigo. Dormir é que é pior, sente-se mal deitada e por isso custa-lhe a adormecer e acorda a chorar.
Tão frágil a minha menina...
Quem julga que os bebes são seres desprovidos de razão está muito enganado.
Hoje, a Iara não me queria deixar sair de casa. Estava na cama com o pai, mas sabia que a minha ausência não ia ser como as outras. Sabia, que agora as minhas despedidas tinham um novo significado, por isso chorava de cada vez que a largava.
Ainda só ficou um dia no infantário, mas já percebe que as coisas mudaram, quando me vou embora, não volto logo. Já sente a angustia da separação. Como eu sei o que isso é, também eu a sinto, mais ainda por a ver sofrer.
ambiente(1)
angustia(10)
animais(4)
aniversario(1)
arte(5)
artesanato(13)
artistas(1)
bata(3)
bibes(4)
carnaval(1)
ciencia(1)
comer(6)
conquistas(44)
creche(3)
desafios(3)
doente(1)
educação(9)
escola(1)
eu(24)
f(1)
falar(1)
feltro(4)
feltros(2)
festas(21)
flores(2)
fotos(5)
frases(1)
grillo(1)
kefir(1)
livros(1)
luz negra(1)
medo(2)
momentos(32)
mulher(26)
natal(2)
nome(4)
palavras(1)
papa(1)
pintura(1)
piscina(1)
poesia(2)
porto(2)
portugal(1)
projectos(1)
sal(1)
saude(5)
sono(3)
teatro(1)
vestido(4)
vicios(1)