Depois de 15 curtos dias de férias, cá estamos de volta ao trabalho.
Foram 15 dias de mama e papa, a Iara estava a precisar, adorava acordar e ver que não me tinha ido embora, estava sempre disponível para todos os programas, chegava ao fim do dia cansada de tanta novidade e adormecíamos agarradinhas.
Muita piscina, a inseparável bóia, não havia quem a tirasse da agua, por sorte a mãe é como ela, duas peixinhos, sempre a escapar para dentro de agua, ou não seja ela uma Iara.
Agora, enquanto a escolinha não começa esta em casa dos vovós.
Ontem ficou toda contente, mas hoje já queria vir connosco, já está com saudades.
Agora avizinhasse meses de muito trabalho, ai fico cansada só de pensar!
Dizer que o mundo é pequeno, é um lugar comum. Dizer que os chinezes são mais que as mães, não espananta ninguem. Mas vir de férias, para uma recondita povoação do mais profundo interior de Portugal, entrar na unica loja de chinezes das redondesas e ver a mesma Chineza que está na loja mesmo por debaixo da nossa casa, é um bocadinho de mais. Fiquei de olhos em bico, sinto-me preceguida, invadida por uma força estrangeira, acho que devia fazer queixa às nações unidas!
A vida feminina nesta sociedade ocidental não é nada fácil. Família, casa, trabalho e acima de tudo, a necessidade de atingir a perfeição. Sinto-me cada vez mais sufocada nesta encruzilhada de interesses, sinto mesmo que isto me está a aniquilar. Antes da Iara nascer, sempre se ia driblando a vida, nem sempre era fácil, mas roubava-se umas horas de sono aqui, um descanso acolá e as coisas rolavam. Com o nascimento da Iara houve um acréscimo nas tarefas e novas responsabilidades surgiram. Tudo normal, o pior, é que eu não consegui ainda desatar o nó que todos estes interesses convergentes criaram. Não consigo encontrar o ponto de equilíbrio entre a Profissional e a Mãe, entre o Eu e o Nós, entre a Mulher e a Mãe. Esta falta de equilíbrio esta a arrastar-me para um buraco de onde não deslumbro a saída. Chego muitas vezes atrasada ao trabalho, porque quero ficar sempre mais um pouco com a Iara, isso faz-me sentir mal, mas quando chego mais cedo sento-me culpada, não consigo evitar de pensar que foram minutos que roubei da companhia da minha filha. Se por um lado sinto que preciso de tempo para cuidar de mim, por outro não consigo virar costas a nenhuma tarefa das rotinas da Iara. Quando delego alguma dessas rotinas, sinto como se estivesse a dispensar a minha filha. Sinto que preciso de fazer exercício, não só pela saúde física, mas também para alivio mental, mas logo vem a culpa por deixar de dedicar esse tempo a Iara. Não sei como as outras mãe resolvem estes conflitos ou se alguma vez os sentiram, mas para mim está a ser muito duro, porque começo a sentir-me incapaz. Incapaz no trabalho, incapaz nas rotinas domesticas, incapaz de Ser
Hoje é dia de festa.
Há muito, mesmo muito tempo que não era contemplada pela distribuição dos recibos de vencimento. Hoje voltei a ser!
Primeiro porque trabalhei como prestaratia externa, por isso recebia o recibo pelo correio, não conhecia a empresa que me pagava, só a conheci quando me chamaram para assinar o meu despedimento.
Depois vieram meses de desemprego e ultimamente trabalhava a recibos verdes, por isso na hora de distribuir os recibos, passavam-me ao lado.
Nem imaginam como é bom sentir-me parte integrante de uma equipa.
Por isso hoje É DIA DE FESTA!
No domingo, vinha eu e a Iara descontraidíssimas da piscina, quando tive que parar num sinal vermelho, numa pequena rua transversal de sentido único .
Como o sol estava intenso, parei um pouco antes do sinal numa sombra, por acaso em frente à saída de uma garagem. Não me preocupei, como a rua só tinha um sentido, quem saísse da garagem teria como único destino o sinal vermelho.
Estava eu muito descontraída na conversa com a Iara quando ouço uma estridente buzinadela, nem raciocinei, arranquei, mas logo cai em mim, o sinal continuava vermelho, voltei a parar e virei-me para ver de onde tinha vindo aquela buzinadela.
Encarei com um casal, já com idade para serem avôs. A senhora apontava para o sinal, tentando explicar ao marido que o semáforo estava vermelho por isso não havia pressa, mas o senhor estava com cara de pouco amigos.
Irritrei-me um pouco, mas logo voltei à descontraída conversa com a Iara , quando, para meu espanto o senhor coloca o carro ao lado do meu.
Como tinha a janela aberta por causa do calor, ele atira-me logo um - "Há algum problema?"
Em voz irritado expliquei que não via necessidade de esperar pela abertura do sinal ao tórrido sol do meio-dia.
Mas o irritado Proprietário insistia que aquilo era a saída de uma garagem, ninguém tinha nada que impedir a SUA saída .
Bolas, isto de ser proprietário queima mesmo a moleirinha, deu-se ao trabalho de vir tirar explicações, como se eu e a Iara estivéssemos a por em risco a sua condições de Exmo. Proprietário .
Arre, tanta pressa num domingo de sol!
Ontem fomos ao teatro, a Iara ficou com a Vovó , e fomos ver o "Turismo infinito" ao S. João.
A peça é muito boa, os textos do Pessoa estão magnificamente interpretados , o cenário está muito bom.
Gostei muito de todas as interpretações, mas a da Emília Silvestre encanta-me particularmente.
Quando a oiço despertam as minhas memórias infantis, uma série de vozes dos meus desenhos animados preferidos ecoam dentro de mim. Imediatamente recordo as vozes da Floresta encantada, da Ana dos cabelos ruivos.
Outros tempos em que não tínhamos canais com desenhos animados a toda a hora, por isso esperávamos ansiosamente pela hora do programa infantil.
Depois vinha o Vasco Granja, e lá tínhamos nós que ver uma animação checa e fazer figas para que ainda desse tempo para passar a Candy Cady .
Chego à caixa do supermercado e o preço, dos 16 artigos que trago no cesto, é exactamente 16,16€ !
Até tinha o 16 na boletim do Euromilhões, mas a bola 16 não chegou a sair...
Quem tem coragem de responder ao Desafio?
EU Claro!
O objectivo deste blog
Este blog surgiu depois da Iara nascer, para manter informados os meus amigos que acompanharam nas atribulações da minha gravidez.
Depois passou a ser uma espoecie de diário onde registava as minhas preocupações diárias, um espaço onde a minha voz não é silenciada pela singularidade.
O subtítulo do blog
Quando fiquei grave integrava uma fantástica , num interessante projecto da industria automóvel. Esse projecto estava na fase final quando a Iara nasceu, por isso os meus serviços foram dispensados.
O subtítulo do blog surgiu dai - "o meu novo projecto - ser mãe "
Porque não deixo NUNCA de ir ao blog da Amorizade?
Gosto muito da sua escrita, da alegria que trasmite e da maneira como encara a vida. Tem em cumum cumigo o gosto pelo artesanato, que podemos ver aqui
Porque não deixo NUNCA de ir ao blog da soprodavoz ?
Foi um blog que me viciou logo no primeiro contacto, gosto do estilo inebriante da escrita.
Porque NUNCA deixo de ir ao blog da Luz?
Chegei até ela através um espectacular post sobre Crianças Indigo , um dos mais interessantes que já li. A partir dai nunca mais deixei de a visitar, gosto muito da pertinência dos posts , faz-me sentir que ainda há quem escape à lavagem cerebral que a sociedade nos impõe.
Porque NUNCA deixo de ir ao blog da Cris ?
Gosto de a ler pela coragem com que fala das suas dificuldades do empenho na partilha das suas experiencias
Os escolhidos:
E TODOS AQUELES QUE POR AQUI PASSAM
E as regras são:
- As que regem todos os outros desafios, seguindo a regra de bem viver na blogoesfera
- responder à pergunta e passá-lo a outros bloguistas num nºentre 7 e 9
- dizendo porque os seguem
- enviar selo do desafio
- matar a curiosidade e dizerem o que procuram no blog que vos passou o desafio
MUITO IMPORTANTE:
- obrigatório usar cinto de segurança ou capacete
Parece que o frio me pegou!
Passei o dia todo a aspirinas, estou com arrepios , devo ter febre e dói-me o corpo todo!
Ora bolas hoje já não há piscina, vou ficar de molho mas é na caminha!
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