Desde que dei o ralhete à Iara, ela de facto ficou mais calma, mas coincidência ou não, voltou a fazer xixi na fralda durante a noite e começou a acordar varias vezes com pesadelos.
No entanto continua a achar que foi bem necessário o castigo, estava a começar a perder o controle.
Agora, com ela mais calma, tenho-a mimado muito, muitos miminhos e muitos beijinhos, mas sem nunca permitir que as regras sejam quebradas.
É um percurso difícil, a fronteira é ténue e fácil de ultrapassar, exige muita a tensão, nem sempre é fácil no meu de todas as obrigações diárias manter o nível de alerta
Nunca estive tão longe da minha menina, nem por tanto tempo!
Ainda ontem a deixei e já estou cheia de saudades, e ainda faltam tantos dias para a ver.
Hoje dei por mim sentada em frente a um parque infantil a matar saudades das tuas brincadeiras!
Podia aproveitar para ser eu, para me libertar, mas uma dorzinha aqui no peito não me permite esquecer que estou longe de ti.
A vida feminina nesta sociedade ocidental não é nada fácil. Família, casa, trabalho e acima de tudo, a necessidade de atingir a perfeição. Sinto-me cada vez mais sufocada nesta encruzilhada de interesses, sinto mesmo que isto me está a aniquilar. Antes da Iara nascer, sempre se ia driblando a vida, nem sempre era fácil, mas roubava-se umas horas de sono aqui, um descanso acolá e as coisas rolavam. Com o nascimento da Iara houve um acréscimo nas tarefas e novas responsabilidades surgiram. Tudo normal, o pior, é que eu não consegui ainda desatar o nó que todos estes interesses convergentes criaram. Não consigo encontrar o ponto de equilíbrio entre a Profissional e a Mãe, entre o Eu e o Nós, entre a Mulher e a Mãe. Esta falta de equilíbrio esta a arrastar-me para um buraco de onde não deslumbro a saída. Chego muitas vezes atrasada ao trabalho, porque quero ficar sempre mais um pouco com a Iara, isso faz-me sentir mal, mas quando chego mais cedo sento-me culpada, não consigo evitar de pensar que foram minutos que roubei da companhia da minha filha. Se por um lado sinto que preciso de tempo para cuidar de mim, por outro não consigo virar costas a nenhuma tarefa das rotinas da Iara. Quando delego alguma dessas rotinas, sinto como se estivesse a dispensar a minha filha. Sinto que preciso de fazer exercício, não só pela saúde física, mas também para alivio mental, mas logo vem a culpa por deixar de dedicar esse tempo a Iara. Não sei como as outras mãe resolvem estes conflitos ou se alguma vez os sentiram, mas para mim está a ser muito duro, porque começo a sentir-me incapaz. Incapaz no trabalho, incapaz nas rotinas domesticas, incapaz de Ser
Uma data simétrica, com um numero de mutas simetrias.
Talvez uma boa data para tomar consciência de que colhemos o que semeamos, o que lançamos a nós volta, como a linha do 8!
Vamos por isso AMAR tudo, começando por nos próprias.
Conseguiremos assim transformar o mundo.
Parece que se instalou um ambiente depressivo, pelo menos pela blogosfera que eu visito. O caso não é para menos, eu própria me enquadro nele
Não é fácil trabalhar 8, e muitas vezes mais horas, cuidar de filhos de casa e ainda ter tempo para continuar bonita e bem disposta.
No meio disto ainda encntar tempo para escrever, fazer trabalhos manuais, enfim não ficamos a dever nada à Super Mulher.
O problema é que se esqueceram de nos dar super-poderes, infelizmente ainda não conseguimos ser omnipresentes para poder - ficar até às tantas no trabalho, chegar antes de fechar o infantário e ainda fazer um delicioso jantarinho.
Depois sobra a angustia, se damos atensão aos filhos, os acompanhamos nas actividades, perdemos o emprego, se fazemos horas extraordinarias para garantir o trabalho em dia, criamos seres traumatizados.
Se tentamos conjugar as duas coisas, tarefa titânica, nem tempo temos para olhar ao espelho e tornamo-nos seres chatos e desinteressantes, deprimimos e acabamos por perder tudo.
Será que ninguém repara nisto, é assim tão estranho o que estou a dizer???
Acredito que sim quando oiço, vindo de quem decide a interrogação:- Porquê que os Portugueses não tem mais filhos?
Estranho Sr. Presidente, será porque NÂO PODEMOS! NÂO TEMOS CONDIÇÔES!
Hoje é dia de festa.
Há muito, mesmo muito tempo que não era contemplada pela distribuição dos recibos de vencimento. Hoje voltei a ser!
Primeiro porque trabalhei como prestaratia externa, por isso recebia o recibo pelo correio, não conhecia a empresa que me pagava, só a conheci quando me chamaram para assinar o meu despedimento.
Depois vieram meses de desemprego e ultimamente trabalhava a recibos verdes, por isso na hora de distribuir os recibos, passavam-me ao lado.
Nem imaginam como é bom sentir-me parte integrante de uma equipa.
Por isso hoje É DIA DE FESTA!
Hoje a Iara queria ficar comigo, quando me viu vestir e calçar, agarrou-se a mim -
"Mama, não vai emora!"
Ela gosta muito da creche, mas prefere sempre ficar com a mama, claro!
Como muitos dos coleguinhas dela são filhos de professores, nesta altura já ficam em casa.
O infantário já tem muito menos educadoras e auxiliares, já foram de férias, por isso juntam varias salinhas.
A Iara gosta de explorar os novos espaços, alguns até já conhece, mas sente-se mais abandonada.
Amanha já é o ultimo dia, depois, enquanto eu não tenho ferias vai ficar com o papa e com a vovó.
Gostava tanto de ter mais tempo para estar com ela...
Imagem retitada da Internet
Nem acredito que a rua foi invadida por guarda-chuvas, mesmo às portas de Agosto!
Estou com uma neura, ainda bem que amanha é sábado.
Os amigos é a maior riqueza que se pode amealhar .
Na passada segunda feira mudei de emprego, ainda estava a tentar controlar a angustia que as mudanças sempre arrastam, quando recebo esta maravilhosa surpresa.
Os amigos que deixei no anterior emprego, surpreenderam-me com este bonito ramo.
Confesso que até me vieram as lágrimas aos olhos, fiquei muito comovida.
Que melhor cartão de visita se pode apresentar, do que esta manifestação de amizade de quem se deixa.
Ontem, atendendo à enorme ansiedade da mama Lígia o Dioginho decidiu nascer.
A mama Lígia e o papa Zé estão de parabéns!
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